APRESENTAÇÕES ANTERIORES
ENCONTRO ARTE E ASTRONOMIA - COMUNA INTERGALÁTICA CAIS DO VALONGO - 17.11.2017 - RJ
MATRIZ, 25.11.2017 - RJ
ESPAÇO SARACURA - 09.12.2017, RJ
OCA - 10.12.2017 - RJ
BONVIN - 28.12.2017 - AL
INTRATOSFERA EM: VERNISSAGE AUTOFAGIA - EU DEVORO MEU PRÓPRIO TEMPO - GALERIA ANITA SHCWARTZ - 20.06.2017
A Loba surgiu a partir de uma pesquisa em torno da experiência sonora como um resgate da experiência primitiva do ser humano: o som para além dos ouvidos, já que o corpo é cavernoso, cheio de zonas de ressonância. Temos um metrônomo dentro do peito que é o tempero das ações, a gente vive o ritmo desde o nascimento. A contração do miocárdio é a primeira música, é pulsão, e pulsão é sinal de vida. Loba quer provocar o que está oculto, é uma Lilith, é interstício de corpos, é uterina. O som grave e pélvico, é improvisado em cima de bases pré-produzidas que entram em composição com as imagens que se desenham nesse jogo sinestésico. Alternâncias entre cheios e vazios, para falar do corpo selvagem, esse que se apresenta antes da construção do seu "Eu-histórico" intimamente ligado aos arquétipos animais. A performance se apresenta como uma ideia antiga de combinar filmes com sons, como no cinema mudo, onde a imagem guiava o som que era reproduzido ao vivo ao longo da narrativa.
Imaginemos que a música é uma persona e a imagem é outra, ambas independentes, dialogam no improviso teatral: eu falo, você responde. Ainda que seja no silêncio, ainda que seja no escuro.